Racionamento de água em Hulha Negra afeta moradores e compromete rotina diária

Carla Simone, moradora da localidade do Passinho, relata dificuldades para atividades básicas e cobra solução para o problema
A crise hídrica, um impasse histórico em Hulha Negra, principamente nos meses mais quentes do ano, tem impactado diretamente os moradores de Hulha Negra. Um exemplo é na localidade do Passinho, onde o abastecimento de água tem sido irregular e entre os afetados está Carla Simone Muria Antunes, 47, que há quatro anos enfrenta dificuldades com a falta d’água na região.
Nos últimos dias, a situação se agravou. Carla conta que a escassez comprometeu atividades essenciais, como os afazeres domésticos, além do consumo para beber e tomar banho. “Anteontem faltou o dia todo e voltou só às 4h da manhã, mas logo em seguida parou novamente. Depois de tanto reclamar, hoje voltou por um tempo e depois faltou de novo”, relata.
O racionamento de água no município teve início em 10 de janeiro, conforme divulgado pelo Executivo Municipal. A distribuição é interrompida diariamente entre 13h e 17h para permitir a reposição dos reservatórios. A administração reforça que a medida será mantida enquanto não houver previsões significativas de chuva na região.
Diante do cenário crítico, a prefeitura pede a colaboração da população para evitar desperdícios e adotar hábitos que preservem os recursos naturais a longo prazo. No entanto, moradores como Carla cobram uma solução mais eficaz para garantir o abastecimento regular.
A sede de Hulha Negra é abastecida exclusivamente por meio de poços artesianos, sendo necessária a utilização de caminhão pipa para chegar água em inúmeras residências do interior do município e localidades próximas da sede, como o bairro Floresta e o assentamento Santo Antônio, por exemplo.
A reportagem procurou a administração municipal para esclarecimentos sobre os impactos da medida na população e aguarda um posicionamento.